Não fiz.

Foram tantas coisas que eu não fiz

Que deixei para trás

Que muito quis/

Tantos desejos reservados

Tanta emoção acumulada

Tantas manias conservadas/

Quanto será que eu perdi?

Seria o tanto suficiente para ser feliz?

Tantas chances jogadas fora

Tanta vontade do que eu não fiz/

Deixei de fazer por causa de você

E até mesmo por causa de mim/

Agora já não importa

Tudo ficou atrás da porta

Porque simplesmente

Não fiz/

Quem sabe se eu tivesse feito

Sairia desse tal de perfeito

Hoje não estaria pondo defeito

Naquilo que eu não fiz/

Seria melhor se eu tivesse feito naquele presente

O que no passado se desejou e a mente rejeitou?

Não sei

Não fiz/

Talvez não estaria em lamúria

Tropeçando nas pedras do caminho que escolhi

Que também era seu

Mas você não percebeu/

Sofri

Tão fútil sentir saudade

Das loucuras que perdi.

  • Adaptação de uma poesia que escrevi em 1992 no colegial – direto do milênio passado.

 

 

 

19 comentários

    1. A adaptação foram só algumas palavras para fluir melhor, continuou com o mesmo sentido. Estavam, não só guardei como vieram do Brasil para cá rsss. Nesses dias que tive coragem de mexer na pasta. São textos desde homenagem à seleção feminina de vôlei que perdeu o ouro, carta para a morte de Airton Senna, até redação da quinta série ao dia da árvore, animais em extinção. Matérias de quando trabalhava com jornalismo, cartas à Deus quando frequentava a igreja. Estou me divertindo e revivendo esses momentos. Ainda bem que não joguei fora. Até mais Estavam🙋🏽‍♀️

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