Bailarina.

 

Sou como a bailarina

Que fica dançando na caixinha de música

Ela um ser inanimado

Eu aprendendo a ser animada

Ela esperando alguém para lhe dar corda

Eu descobrindo como se dá essa corda

Ela feita para os sentidos

Eu feita para sentir

As caixinhas de música saíram de moda

Eu também

As bailarinas continuam a dançar

Enquanto houver música

Estamos nesse eterno rodar

Na ponta dos dedos

Exibindo graciosidade

Em cima da dor

Nos disseram que vida é movimento

Tento, tento, tento

Sair da caixinha.

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14 comentários

  1. Essa delicadeza que descreves em poesia é praticamente a leveza e o equilíbrio que há de se ter. Música, falas é tudo verbo e verbo é movimento. Penso que a bailarina está sempre no ato de uma peça e me pergunto se nossa vida também não a é, afinal seja para o bem ou infelizmente para o mal, todos nós representamos um personagem (mesmo que seja o nosso mesmo) e muitas vezes nos fantasiamos seja com trajes ou máscaras para trilhar pelas sociedades diversas desse imenso palco da vida. Adorei e sabes que tens mesmo jeitinho de bailarina, rsss. 🙂

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    1. Rsrsrs essa foi boa, pessoalmente você teria a certeza que de bailarina só na poesia mesmo, rsrs. “Música, fala, tudo é verbo e verbo é movimento”, e o oposto da depressão é movimento também. Estou aprendendo que viver é um verbo🙋🏽‍♀️

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