O que: Vida: perdas e consequências
Quem: psicólogo Ivan Capelatto
Onde: Território do Conhecimento, ver no YouTube
Quando: 15.04.2015
Por quê: O psicólogo Ivan Capelatto fala sobre a morte, o amor, o medo, e especialmente sobre como esses sentimentos refletem em nossa saúde mental na forma de distimia, depressão, psicopatia.
Mais estudiosos sobre o luto foram Freud, Kubler-Ross e Felipe Arriés. Segue abaixo uma poesia de Averil Stedeford sobre o tema, e uma sugestão de filme sobre um psicanalista que perdeu um filho: “O quarto do filho”.
O psicólogo Ivan Capelatto explica que o luto passa por fases:
- raiva
- negação
- dor da saudade
- sensação de falta
Sendo que a morte tem muitas faces: a morte de uma pessoa querida, a morte de um sonho, de uma posição social, de um animal de estimação, a morte causada pelo bullying, pelo assédio, pelos assaltos, pela mudança de casa, escola, país.
Diz ainda que o amor e o medo caminham juntos, que se cultivarmos só o amor, e negligenciarmos o medo, ficaremos doente.
Sendo assim, precisamos saber lidar com o não, com o medo, com a morte. Autorizar a dor, viver o luto, lembrar dos mortos (um pedaço do nosso desejo que se foi).
Principais frases de Ivan Capelatto:
“A irritabilidade é o primeiro sinal da depressão…a criança começa a ter alergias, problemas intestinais, xixi na cama.”
“Distimia, uma espécie de depressão, consequente ao não luto de um evento qualquer.”
“Nós somos animais de linguagem, tudo o que acontece a gente precisa falar, tem que ser batizado, ganhar nome, sobrenome e sentimento. A gente precisa falar“.
“Na grande depressão: a pessoa tem uma perda, coloca a raiva no lugar da perda e imediatamente coloca a tristeza no lugar do medo da perda.” (nos 27 minutos do vídeo)
“Nenhuma depressão é frescura, é doença, precisa levar no médico, precisa tomar remédio, precisa de terapia”.
“Lembrar do luto começa a desmanchar a distimia e a pessoa começa a ter uma vida prazerosa de novo.”
“O transtorno pós traumático como o estupro (inclusive o de homens que é mais comum do que pensamos) não tem cura, apenas tratamento e terapias”.
“Como o psicopata não sente medo, raiva, culpa ele precisa que você se mostre frágil…ele precisa retirar do outro o que ele não consegue sentir”.
Quanto a religião, Capellato diz que a fé traz esperança mas não ensina lidar com a falta. Ele contesta a frase “Seja feita a tua vontade” da oração do Pai Nosso.
Atualmente, não estou religiosa, mas estou numa busca constante de espiritualidade. Mesmo assim, discordei desse posicionamento de Capelatto.
O “Pai Nosso” é muito mais do que o sentido literal da oração, depois que li o livro de Rubem Alves há muito tempo atrás – Pai Nosso / Meditações – absorvi uma visão completamente diferente.
Hoje, para mim o “Seja feita a sua vontade” significa caminharmos para uma consciência maior, una, onde há o acolhimento de que todos precisamos, o viver a humanidade. A vontade maior que é além da vida e da morte.
POEMA Elipse, Averil Stedeford
Flores cantam Poesias
conheçam o ebook aqui
👍👍 Oportuno.
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Bom saber Jr🙋🏽♀️
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Gostaria de te ouvir sobre inteligência emocional. 😊 É um tema do seu interesse?
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Miau, gosto demais de receber dicas de temas para escrever. É do meu interesse sim. Assim que preparar um post sobre o assunto te aviso. Você já leu o livro Inteligência Emocional de Daniel Goleman? É muito bom. Estudei nele na época de faculdade. Agora você me deu a ideia de retomar a leitura. Obrigada.
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Eu conheço o livro e o autor, mas não o li. Eu li Cultive a sua inteligência emocional de Daniel Chabot, mas não lembro do conteúdo. Isso já uns 10 anos atrás.
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É isso que fico pensando, nos mil textos que lemos e não usamos. Que ao menos fique registrado na alma. Falei disso com meu filho, ele disse: mãe pare de procurar função em tudo, simplesmente aproveite…
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É verdade, aproveitar o momento.
Qdo vc perguntou me sobre o livro, eu sabia q tinha lido um livro sobre o assunto, mas não lembrava o autor, e se calhar podia ser o do Daniel. Fui consultar minha lista. Foi neste momento q tb senti isso q vc disse ao filho. Eu não conseguia me lembrar do conteúdo de muitos daqueles livros q li, mas tinha um sentimento de ter aproveitado o momento, enqto os lia. De qq forma, por alguns segundos senti um vazio, uma culpa.
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O que importa fica. O que não ficou precisamos ler de novo, risos.
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