Gratidão

Graças a gratidão

Desvendam dons

Jamais previstos

De graça é o sofrimento

Tal como é o acolhimento

Por graça seguimos o rumo

Até quando perdemos o prumo

Com graça é mais suave

Olhar ao céu além miragens

Sorrindo se espelha ao mundo

Dos sentimentos o mais profundo

A

gra.

ti.

dão

A Alemanha é um país com grande população idosa, os quais já passaram por períodos sombrios da história. Foram do nacionalismo extremo até o abre portas atual. Hoje quando se anda de trem, por exemplo, em cidades grandes como Frankfurt, é muito comum se escutar e ver pessoas das mais diversas nacionalidades. Com suas roupas e costumes diferentes, desde burcas, quipás e dreads, até aquelas camisas sociais masculinas, de manga curta, com estampas de flores, anunciando que estamos quase no verão. Uhuuu.

Hoje, no sobe e desce das escadarias do metrô vimos e participamos de atitudes de gentileza que me encheu o coração por estar viva.

Uma senhora levava o seu carrinho de compras (aqueles de rodinhas) e não conseguia o carregar nas escadas. Prontamente um jovem bem magrinho e aparentando passar por necessidades se prontificou. Ela quis lhe retribuir com moedas. Ele não aceitou. Percebi que ele não sabia falar alemão. Naquele momento nem precisava… Seguimos…

Eu e minha filha ficamos perdidas porque não conhecíamos aquela estação direito, demos uma volta e caímos no mesmo lugar. Quando de repente minha filha olha no chão e vê um buquê de rosas amarelas. “Mãe é dela, mãe é dela, eu vi estava no carrinho”. Pegamos o buquê e saímos correndo à procura daquela senhora pelas ruas da redondeza. Em vão… Voltamos e deixamos o buquê no mesmo lugar na esperança dela voltar e encontrá-lo.

“Mãe isso não é justo, ela deveria querer agradecer alguém com aquelas flores. Filha nós quem devemos agradecer por participar desse momento e ver como mesmo sendo estranhos (estrangeiros) podemos exercer a humanidade nos pequenos gestos.”

Agora estou torcendo para que as rosas amarelas jamais murchem e que as pessoas não vejam apenas miragens.



e-books por Cristileine Leão

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6 comentários

  1. Trabalhei durante a infância em uma xácara de rosas…de todas as cores… as amarelas das que conheci são as mais frágeis… duram pouco… não resistem ao sol e nem as chuvas.. nem ao frio nem ao calor… acho que depois deste texto devo escrever outro poema sobre rosas…

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