
Não sou loira
Mas conheço bem
A gaiola de ouro
Bem como
A de lata
Por ambas sou grata
Gaiolas que nos colocarmos
Por amor cego
Por costumes ancestrais
Por convivência
Por conveniência
Por insipiência
Com ou sem anuências
Não sou pássaro
Mas sei o que é asa cortada
E o que é o canto inaudível
Além do oceano
Não sou famosa
Mas dentro de mim pulsa uma rosa
Que quebra redomas
E rasga papéis decorados
Sou luz
Aquela que despe
As próprias sombras
Ainda que doa
E dói
Sou aquela que une as letras
Para só letrar
A canção de liberdade
Para compor autenticidade
Ainda que doa
E dói
Mas vale o verso
Saber sobre o Universo
Do que ser paródia
Cada ser tem
Sua altivez e sua pequenez
Para afinar seu som
Qual é a música?
Pergunte aos universitários
Do auditório

Belo poema.
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Grata, Odonir! É das profundezas reais.
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Que continue a iluminar,…cantar… letrar..poetizar….partilhar…caminhar….mesmo que doa!
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Amém, amém, amém, amei.
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