Pipoquemos

Sair é bom e necessário, mas, ficar em casa de pijama degustando uma pipoca no friozinho é fundamental!

As amigas das antigas afirmam: você está tão sociável, Cris, até parece outra pessoa.
Logo respondo, fica longe oito anos da sua cultura, da sua língua e de seu povo que você quebra as barreiras da reserva rapidinho.

Já, as amigas recentes repetem: Vamos lá? Vamos lá? Vamos lá? Cada dia uma nova alternativa. Sem saber o quanto é supremo o meu tempo de deitar e divagar.

Seja a pipoca estalando na boca ou o bate pernas pipocando por aí, um fato é claro, pipoca só tem gosto quando sai da pressão e é degustada.
Assim como a vida!

Por falar nisso, conhecem o texto da Martha Medeiros com o título “Você é pipoca ou piruá?”

Esse e um daqueles que vale o tempo em que se lê.

Amanhã já é meio do ano, então,
façam uma ótima semana!


“Sabe aquele milho que sobra na panela e se recusa a virar um floquinho branco, macio e alegre? Se chama piruá.

Tem muita gente piruá neste planeta. Gente que não reage ao calor, que não desabrocha. Fica ali, duro, triste, inútil pro resto da vida.

Não cumpre sua sina de revelar-se, de transformar-se em algo melhor.

Não vira pipoca, mantém-se piruá. E um piruá emburrado, que reclama que nada lhe acontece de bom.

Pois é… Perdeu a oportunidade de entregar-se ao fogo, tentou se preservar, danou-se.

Com isso quero mostrar para aqueles que têm vocação para piruá que o importante na vida é reagir às emoções e não se manter frio, fechado, feito um grão de milho que não honrou seu destino…”

Martha Medeiros


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