
Labirinto
Entro, sinto, vivo
Som do silêncio tinindo
Na timo e nos tímpanos
O tempo onde somos
Pêndulos do sino
Espirais
Traçadas no caminho
Labirinto
Olhando por cima
Não se sabe onde vai dar
Ando, circulo, mergulho
Eis que surge segurança
A guiar
Voluntariamente
Passo a passo
Passo
Na Terra homeostática
Onde a empatia é a bússola
Nas curvas e nas entrelinhas
E a solidão é o encontro
Propriamente dito e bendito
Assim como o céu
É assinado pelas estrelas
Com a caneta do cosmo
Nossas pegadas rubricam o chão
Para as próximas gerações
Que hão de percorrer
Caminhos entrecruzados
Becos sem saída
Até chegar no centro
Do labirinto.
