
Só no bosque da solidão,
saberemos se suportamos
a nossa presença ou não.
Entre gravetos e eucaliptos,
animais selvagens e beija-flores,
pedras e barro,
é a mata que mata ilusões
e abre um clarão com a aurora.
Num piscar de olhos,
chove salgado
dentro da pele.
A_A_Arrepios.
Entre as frestas, avista:
o firmamento é maior que o chão,
e, mais além dele,
há a dissolução das cosmologias,
num grito silencioso.
