Colhendo lírio

Não adianta regar flores de plástico
E nem achar que o fantástico vem te visitar
Só porque se veste de azul
Para fugir das candeias

A luz já está acesa
A realidade é nua
A crueldade será cozida
Na coerência dos dias

Brotos eclodem nas pedras
Mazelas caminham para a cura
E é nas calçadas da rua
Que se faz o firmamento
E não na calada da voz.

Olhai os lírios do campo”

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