A lava reluzente rumo ao oceano, nada pode tocá-la, escorre, arde, derrete.
Fluorescente laranja, belo, temido; se une com a gélida água, no infinito oceano índigo.
Magma camada secreta, gerada no fundo da Terra, movimenta e encontra caminho. Erupção e fumaça escura no ar.
Ninguém por perto olhando, tamanha explosão. Não sei se é grito, ou, se é canto o encontro da lava e do mar.
Nenhuma das partes tocadas no chão terão a mesma forma. Uma fica e o outra evapora, para nova vida gerar.
Nova rocha se faz forte e fértil, de ilha a chamarão. Com o tempo novos moradores chegarão para adornar esse vão.
Continuarei esperando, o findar do meu próprio vulcão. Imaginando as muitas vidas e cores, que em meu oceano formarão.
Instinto, intuição, enigmas. Como será organizado o cosmo no flutuar dos pensamentos? Pais geram filhos? Países se unem ou eclodem guerra? Reflexos e reflexões.
Se não dá para tocar no magma, decidi me levantar ais céus e me jogar ao mar. Odor de enxofre não será meu caminho. Vou logo aprender a nadar. Me ensina cavalo-marinho?