Companheirismo.

Não quero mais criar necessidade

Que me consome

Antes de partir dessa Terra

Eu quero é ser feliz

Não da felicidade fugaz

Passageira aqui já sou

Mas daquela que edifica

Se expande e compreende

Daquela que eu vejo

Quando os outros estão bem

Quando o meu olhar

É o olhar do outro também.

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Ontem visitei um museu de arte moderna em Frankfurt, o Schirn, que estava expondo sobre a paz. No cartaz havia uma foto de um gato e um rato brancos, juntos meigos como pelúcia, com o tema: 

Como a paz é realmente? 

Chegando lá era tudo diferente, rotineira pura, risos, nada de sentimentalismo, pombas, bandeiras, etc e tal. Mas sim, tudo de cotidiano que nos dá paz e que por vezes nem percebemos. 

A paz como representação de realidade, nas conversas e interações do dia a dia, com os parceiros, com a natureza. A paz de conviver  com plantas, animais, água. A paz do silêncio, aquela que não precisa falar sim sentir. 

Demorei um tanto para entender aquelas intervenções e o que elas representavam. Uma escada formada de jornais. Bancos de madeira entremeados de plantas. Uma sala só com fotografias, brinquedos e pintura contando a vida e a morte de um cachorro. Outra sala com várias cabeças de cachorro penduradas que hora causavam medo, hora afeto dependendo do jogo de luz e som usados. Um rótulo gigante como os de garrafa d’água com os dizeres: Égalité une condition naturelle. Cabines para deixar seu recado de paz, perdão, gratidão. As quais você podia pegar, ler, ou deixar sua mensagem para o museu postar. 

Amei pular nessas estopas coloridas

Enfim, foi uma exposição pequena e marcante. Minhas meras conclusões: 

– As notícias de guerras vão ficando aqui na Terra registradas em jornais, como escada para a humanidade. 

– A igualdade de condições é um princípio básico e vital para os homens tal como a água. 

– Realmente sinto muita paz quando convivo com meu cachorro. Quando sento nos bancos das praças. Quando ouço música. Quando me permito pular como criança. Quando prático o companheirismo.

Abraços.