O dia em que me entreguei a solidão
percebi você estava lá
Não olhei
Não olhei porque eu não queria
Eu usava o óculos escuro
Chamado de indiferença
Para você não notar
Com quanta desavença
Eu poderia contratacar.
Fui segurando os dias
No salto alto
Me protegendo de mim
A cada blush
Não sucumbi ao seu olhar
Devoção, piedade?
Não sei
Só sei que não superei essas dúvidas
De sempre estar em dívida
Com o que não há em mim.
Curo as bolhas dos pés
Tentei limpar o rosto
Com óleo de peroba
Tirei aquele óculos escuro
Agora uso um com grau de intuição
Nada mudou
Você continua aqui
A me olhar
E eu? Ah eu, eu continuo
A maquiar a depressão.
Levanta, levanta
Meu corpo dói
Das pernas à indigestão
Minha alma me culpa
Me sinto pequena
Por admirar a solidão
Contemplo as folhas caídas
Enquanto muitos pisam nelas.
Sigo as regras, nada me convenceu
Acredito em meias palavras
Do que me dizem
Só penso em dormir
Pra ver se noutro dia nasço.
Só gosto de escrever
Pra ver o rosto dessa dor
Quem sabe a olhando nos traços
Eu aprenda ao menos
Caminhar com fé
E não ver essa lua que corta
Toda vez que olho para cima
Sigo com a cabeça nas letras
Desse diário
E o coração escondido a procurar
Se você ainda me lê.
“Coração escondido a procurar se você ainda me lê”… Lindo e triste!
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Obrigada doce parceira🙋🏽♀️
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Destaco também a conclusão: “Coração escondido a procurar se você ainda me lê”…
É aqui a parte que me dá um “clique”, sabe?
See ya! 😉
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Caro Tiel, esse texto não terminou😉
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