Vida de cachorro.

Vira lata sim senhor
Ando sem rumo e sem tempo
Revirando lixo
Tenho muitos nomes
E nenhum dono se quer


Sei atravessar a rua
E identificar más intenções
Corro da carrocinha
Facinho, facinho
Ninguém nem vê o meu fuçinho
Nessas ruas tem esconderijos
Que não conto pra ninguém
Tomo água da chuva
Nunca tive teto
Minha saúde é de ferro
Passo frio no inverno
Não tenho vergonha de pedir um frango assado
O que mais aquece minhas sensações
Minhas parceiras já sabem
Beleza não se põe na mesa
Vem aqui me conhecer
Sou osso duro de roer
Gosto muito de tudo isso
Até me acho espertão
Mas duro mesmo é acordar todo dia
E saber

Que se vive na contramão.

 

14 comentários

  1. Olha eu aqui de novo! Essa semana vai rolar postagem. Que gracinha de poema ☺ nessas horas penso nos meus três bebês felinos, 2 resgatados da rua.

    Curtido por 2 pessoas

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