Quando a dor fica na gaveta
Estamos enclausurados
Com a marca do passado
Ou do futuro que tememos viver/
A dor fica ali contida
Esperando ser exibida
Para simplismente deixar de ser/
Deixar de ser represada
Pois não tem para onde escorrer/
Você anda, você passa
Há gavetas em você
Quando deita, tudo embasa
Na gaveta vai mexer/
Essa mão na maçaneta
Pode libertar você
Abra todas, escancara
Faça e deixa aconter/
Chore e corra, se devore
Deixa tudo fenecer
Se levante está na hora
Novo mundo à conhecer/
Já é tempo, ouça o vento
A gaveta
Não é você.
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“Já é tempo, ouça o vento” fez- me lembrar o “Le vent se lève il faut tenter de vivre” do Paul Valéry 😀 Beijinhos Cristileine 🙂
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Também não conhece. Vou escutar. Tenho aprendido muito com esse blog😊 🙋🏽♀️
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“Ergue-se o vento! Há que tentar viver!
O sopro imenso abre e fecha meu livro,
A vaga em pó saltar ousa das rochas!
Voai páginas claras, deslumbradas!
Rompei vagas, rompei contentes o
Teto tranqüilo, onde bicavam velas!”
O verso, que em português é “Ergue-se o vento! Há que tentar viver!” surge na última estrofe do poema cemitério marinho de Paul Valéry. É muito belo e cheio de sentido 🙂 acho que vai gostar 😉
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Não estava achando a tradução até agora🤣 obrigada pela força 😚
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Ah versos lindos ⚘
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Sempre é tempo! Temos a chave! Somos a chave! Beijos
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É isso😚🙋🏽♀️
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Hoje publico daqui a pouco sobre uma dor que senti no auge de um prazer…não guardei na gaveta…foi muito mais fácil aprender e com isso sofrer…mas sem fenecer…
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Logo logo vou lá ler. 🙋🏽♀️
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É sempre uma honra tê-la como leitora…
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Muito boa a alegoria da gaveta como o mal passado. Confesso que procuro deixar a gaveta onde meus olhos não alcançam. 👍
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Muito bom essa sua definição: deixar onde os olhos não alcançam. Obrigada por participar aqui🙋🏽♀️
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