Vozes.

Vozes das mães de luto
Tão fortes quanto as dos filhos que
Perderam um dos pais por suicídio/

Vozes das mães segurando
A barriga grávida e com fome… fome das diversas fome.

Vozes das mães com a barriga vazia, barriga que não segurou o bebê/

Vozes da mãe do bandido que preferiria seu filho morto do que matador/

Vozes dos filhos que se sentem oprimidos com, ou pelas, dores dos progenitores/

Vozes que não queríamos ouvir, do eu que conosco con(vive) todo dia/

Vozes de julgamento, daqueles que usam saltos bolorentos/

Vozes da mídia que dita as rimas para nossa vida/

Vozes do silêncio roubado

Vozes dos gritos calados

Vozes dos dias agitados

Vozes que nada entendemos/

Vozes, vozes, vozes

Muitas vozes
Pouca gente para ouvir.

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