Ecos.

Vesúvio.

Não cansava de olhar para ao vulcão
E ele pra mim
Seu formato como um seio pro céu materno
E eu aqui
Estais à dormir eu sei
Como acho que estou acordada
Como pode tantas moradas aos teus pés à te desafiar?
Vivem em e de ti
Dependem do seu pé
Pessoas de muita fé
O vulcão fertilizou tudo
Experimento dos seus frutos
Tomates e limões
Pizzas e camarões
Lavrados e alimentados por sua graça
Você já destruiu muitas praças
Poupada estou
Estou? Não sei
Muitos sons, vibro
Hoje tudo faz sentido
Tempo de turismo
Duplo sentido
Até chegar a lava
E tudo recomeçar
Sou uma peça
Do seu fogo
Hoje temo mais o outro
Que suas chamas
Vida incendiária
Contemplo o lindo tempo
Azul sereno
Enquanto lavas ardem em mim
É tudo feito pra quem pode ver
Eu vejo na escuridão
Dessa Pomp(éi)a
Hoje pisei
Amanhã não sei
Escuto o som e devoro mais um limão siciliano

Amarelo, amar é elo

Já falei isso aqui

Antes de ser devorada
Vejo a queima de fogos
É feriado
Até no vulcão
Enquanto estouram as bombas
Exalto com as luzes
E sofro pelos cães
A festa acabou
Os ecos continuam
Em quem doem

Vesuvio.

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Atribuição 4.0 Internacional

12 comentários

    1. Realmente medo fascina. Eu ficava pensando um lugar que foi motivo de destruição, hoje alimenta muitas pessoas. Perguntei para uma nativa se eles não tinham medo, a resposta foi que agora eles têm problemas mais urgentes para tratar…logo lembrei da economia do Brasil. Tomara que meus filhos também tenham essa sua boa lembrança de lá. Esse passeio me mostrou como somos passageiros, e como a natureza nos comanda, por mais que pensamos o contrário. Abração.

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