Papo de mãe
Nós vamos sendo formados pelas informações as quais temos acesso. Das antigas civilizações até hoje, repetições e repetições, do que acreditamos, ou, não.
Veja bem, tenho filhos que estão rumo à pré adolescência, sim meus senhores agora tem pré até para a adolescência, a infância está cada vez mais curta, horas desrespeitada, horas supervalorizada. Convenhamos, se nós, os adultos, somos um berço de dúvidas. Como orientá-los?
Nesses dias eu escutava ela falando para ele, eu sei que isso é verdade, eu vi na internet. Também já escutei ele falando para ela, está difícil, o pai fala uma coisa, a mãe fala outra. Nada disso é novidade para ninguém, nós próprios usamos argumentos que nos favorecem todos os dias.
Porém, o que me preocupa, independente da geração, é mais do que o acesso às informações que consumimos, ou deixamos de consumir, mas do que engolimos sem mastigar.
Sabemos que muitas pessoas não têm o grau de desenvolvimento que poderiam ter pela falta, ou escassez, do acesso à educação e afetividade. Por outro, sabemos que muitos se perdem no mundo da informação. Há um versículo bíblico que vira e mexe lembro: Não ha limites para se fazer livro e muito estudo é enfado da carne. (Eclesiastes 12:12).
Eu concordo, vejo muitos usando a sabedoria para a manipulação; vejo outros indo para o caminho da loucura por não saber lidar com tantas contradições.
Já ouviram aquele ditado: antes eu fosse burro, assim eu não sofria? Pois é, complemento antes eu fosse fria, assim eu não sentia. Mas meu sangue e pensamentos fervem.
Nem sempre tenho as respostas para meus filhos. Ser mãe é uma prática diária… Daqui uns anos eles vão fazer o próprio caminho, com todas as informações que lhes passamos. Não só as faladas, principalmente a prática.
Toda nossa informação, por eles serão testadas. Toda nossa falação esquecida. Enquanto a energia deles sobe, a nossa desce. Sabedoria da natureza, para o afastar gradual.
Agora eles querem clubes, amigos, festas e passeios. Aos poucos vou saindo de cena de atuante e aprendendo a ser coadjuvante.
Ao contrário do que dizem, sinto que eles precisam mais de mim agora do que antes, não mais para fraldas, papa, colo, segurança, as tais necessidades primárias. Que relativamente são as mais fáceis de atender. Mas para desvendar os códigos que estão por trás das palavras.
Digo das necessidades secundárias: habilidades sociais, auto estima, realizações, essas não são ensinadas em escola. Os livros arriscam, a prática dá forma, mas a criatividade, a intuição e a auto reflexão nos direcionam além dos dizeres. Mas essas características são pouco cultivadas em nossa sociedade.
Quisera eu passar para eles a linguagem da esperança, mas só conheço a da persistência.
Pensando bem, quem persiste espera algo. O que será?
->Antes eu fosse burro, assim eu nao sofria”Pouco” não tem plural na ultima frase
Enviado do Yahoo Mail no Android
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Me lembrei também outro dito: que a ignorância é uma benção.
Tem horas que me sinto assim, às vezes parece que quanto mais sei sobre o ser humano, menos esperança tenho.
Sobre a maternidade… não consigo imaginar a dificuldade.
Só sei dizer que, independente de qualquer coisa, você está tentando o seu melhor. E o mais importante você já faz, estar ao lado deles. 😊
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A maternidade é um desafio eterno Tati,risos, e sem manual de instruções, tudo o que se lê se torna diferente na prática. Nesses dias minha mãe publicou no face daquelas mensagens de como os netos renovam a esperança dos avós. Um vídeo muito bonito de qd os avós veem e seguram os netos. Você mesma já deve ter ouvido falar coisas do tipo: ser avó é ser mãe duas vezes, ou, nunca imaginei amar alguém mais do que meus filhos.. Não sei, não cheguei lá. Só posso dizer que a maternidade não é tão gloriosa quanto se pinta, ainda assim, é a melhor experiência que já tive nessa Terra. Te contei desse vídeo porque “inconscientemente” respondi assim para a minha mãe: a vida vai dando motivos para querermos estar aqui… É isso Tati. Bom fim de semana😘
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Imagino que seja mesmo.
Interessante o vídeo e sua resposta. 😊
Bjos 😘
Bom fim de semana pra você também 😊
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Não tem muito haver com o texto (lindíssimo, por sinal) o comentário que se segue, mas vou compartilho contigo porque a lembrança me veio em mente lendo tua postagem rsrs. Então, eu não pretendo ter filhos, eu não consigo me imaginar pai porque considero meu psicológico muito perturbado para ser pai e arcar com essa responsabilidade, no entanto, passei por um momento um tanto engraçado (para não dizer fofo hahaha): eu fui com minha irmã, Yasmin, assistir O Homem Formiga no cinema, numa cidade ao lado de casa, e pouco tempo após eu sentar no banco que escolhi, sentou do meu lado uma menina de uns cinco, seis anos (não sei dizer). O filme começou, e este sendo muito engraçado, então a menininha ria e, por algum motivo que não sei dizer, ela, de vez em quando, olhava para o meu lado, parecendo que compactuava com a mesma sensação que eu vendo o filme, achando as cenas hilárias e gostando demais dos personagens. E aconteceram várias vezes, sendo inevitável eu sentir, naquele momento, a vontade de ser pai, aliás, cheguei imaginar aquela menininha loirinha, minha filha. Fora momentos engraçados no filme, momentos de provável cumplicidade entre ele e eu na diversão que o filme estava gerando. Foi mágico. Nunca saberei o nome da pequena menina (futura Nerd, provavelmente) e voltei ao estado psicológico de não me imaginar pai, no entanto, carrego essa lembrança de um pouco mais de uma hora sendo pai daquela garotinha bem humorada. Hahaah Minha mente é uma viajem só hahaha
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Não é por nada não, mas eu também não sonhava em ter família, fazer parte dessas convenções e tal. O sonho era ser mulher independente, livre, leve e solta…ninguém é rsrsrs Nem eu que mudei de direção, e nem quem não pensa em relação. É tudo tão complexo nesse filme que às vezes o melhor que fazemos é sorrir com e como uma garotinha. Abraços Bruci, já disse, mas repito, feliz por você estar aqui🙋🏽♀️
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Qdo tive o meu primeiro filho, uns dias depois dele nascer, eu chorei muito. Não sei se era depressão pós parto. Só sei q chorava e dizia: tenho medo, eu não sei como criar um ser humano… E repetia.
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É muita insegurança e emoção envolvida. Comigo isso aconteceu na segunda gestação. Pensava que eu não ia dar conta…
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