Quando um dia passa na gente
Nos tornamos diferentes
Desde a cabeça até a fé
Amanhã não serão os mesmos cabelos
Surgirão outros apelos
Novas tábuas das marés
Um dia nós
Passaremos o dia
Aí não haverá como saber
Quem plantará flores
Em nossos tumultos
Hoje não acabou
Há perfume nas mãos ou há túmulos?
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Hoje, na função de pais/motoristas fomos levar nosso filho numa festa em Frankfurt. Enquanto isso, para não voltarmos para casa, uma vez que aqui só as crianças são convidadas, ficamos fazendo hora por lá.
Resolvemos visitar o maior espaço aberto que tinha por perto, o cemitério Frankfurter Hauptfriedhof. Ficamos surpresos com a paisagem, a história, a arquitetura e a paz.
O que mais me chamou atenção foi que existem poucos túmulos, na maioria são lápides e na frente delas um espaço para plantar flores. Também há belos mausoléus das famílias mais abastadas. Há portais, colunas e memoriais para as vitimas das guerras.
Toda área é cercada por árvores, local protegido pelo cinturão verde da cidade. Agora estamos no outono, então, as ruas estavam repletas de folhas amareladas, muitos galhos das árvores já secaram, o tempo estava cinza, tudo dava um contraste harmonioso. Claro que não tirei fotos, mas vocês podem ver aqui no site oficial.
Dimensões: são 70 ha de área, cerca de 20 mil sepulturas, 17 mil sepulturas de guerra, 24 km de estrada asfaltada, 40 km de estrada sem asfalto.
O cemitério foi inaugurado em 1828, mas minha filha viu lápides de 1730. Pesquisando para escrever para vocês descobri que muitas personalidades estão enterradas lá, como os filósofos Theodoro H. Adorno e Arthur Schopenhauer. Descobri também que anexo à esse cemitério estão os cemitérios judeu (o antigo e o novo).
Como fizemos uma visita despretenciosa não vi metade do que existe no local. Quero voltar lá para levar flores aos filósofos.
Bom fim de semana pessoal🙋🏽♀️