Moral da história – Natal

Parafraseando Bertolt Brecht

Primeiro trocaram o sentido do Natal

Mas nem todos se importaram

Continuam as luzes na cidade

Depois substituíram Cristo por Noel

Mas ninguém reclamou

As lojas são mais templos que a fraternidade

Em seguida ajudaram as criancinhas pobres

Presente e presença de fim de ano

Onde há ausências é preciso caridade

Agora trocam fé por moralismo

Quem não tem opinião

Segue os rumos da vaidade

Amanhã vão perguntar: Por que comigo?

Mas será tarde para orAções

A história têm dessas maldades

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20 comentários

  1. Então é natal?! Substituíram Cristo por Noel e lojas são mais templos que a fraternidade?! Uma belíssima reflexão na forma de poema minha cara amiga… simplesmente maravilhoso! O meu desejo que é seu natal seja repleto de paz e amor em cristo tendo como companheira a saúde, juntamente com seus familiares! Parabéns pela reflexão e Feliz Natal e Próspero 2019! Beijo no coração

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    1. Deve ser o espírito natalino me tocando, rsrs, tomara, faz tempo que não me dedico à religiosidade, mas esse compra compra, comilança e superficialidade de fim de ano me irritam bastante… De qualquer forma, é tempo de comemorar o nascimento que pode nos tirar da estagnação e procurar fé num mundo melhor. Paz para vocês também. Firme e forte que o 19 nos espera. Abração 🙋🏽‍♀️

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      1. Lembrei agora de um episódio do McGayver (Profissão Perigo), em que um homem caía num formigueiro gigante na América do Sul, na floresta, e era devorado pelas formigas… 😮

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  2. Belíssima paráfrase Cris… retratas a realidade nua e crua que se perde sem nos darmos conta…Apenas me permita uma observação com relação ao autor do texto parafraseado: para escrever meu poema ‘no caminho os caminhoneiros’, li um pouco sobre este forte poema. Nas leituras descobri que quem o escreveu foi um brasileiro: Eduardo Alves da Costa, intitulado:‘No caminho com Maiakósvki’. Seu poema é lido como se fosse do Poeta Russo, Maiakósvki e, depois o atribuíram a Bertolt Brecht, já que Eduardo Alves da Costa, não o havia registrado. Os versos mais conhecidos são:

    …Na primeira noite eles se aproximam
    e roubam uma flor
    do nosso jardim.
    E não dizemos nada…

    O poema é de 1964, dentro do contexto do Golpe militar… escrito em São Paulo…
    Fraterno abraço.

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    1. Bom dia Estevam, quanta história e renovação envolve esse poema.

      Até agora a melhor explicação que encontrei foi de um historiador da UFRS, cujo título – Um Poema e Vários Autores (Niemöller, Brecht, Eduardo A. Costa), vide link abaixo, como diz no texto o poeta brasileiro é o mais atual, provavelmente se inspirou na leitura dos demais.

      Eu não conhecia a versão do poeta Eduardo Alves da Costa, muito obrigada por me avisar, foi uma grata surpresa!

      Seja como for, é um poema que continua vivo, nos chama ao despertar e nos inspira.

      Bom fim de semana 🙋🏽‍♀️

      O link: http://port.pravda.ru/sociedade/cultura/26-11-2016/42196-poema-0/

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  3. O poema ficou tão famoso que aqui estamos nós parafraseando-o e muito aprendendo com ele… alguns textos são feitos para além do contexto e do tempo… este poema me parece ser um destes casos….muito bom poder aprender com a poesia que por si já é inspiradora…abraços Cris.

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