Sou a filha do meio, naquela casa do meio da rua.
À meia noite ouço um barulho estranho e escondo meu rosto no cobertor.
Ao meio dia faço de conta que está tudo bem para alegria de toda família.
Outro dia eu acordei meia estranha, corri para a varanda quando percebi que eu tinha perdido a metade do que me restou.
Busquei atrás dos arbustos, na casa do gato, em cima do telhado e nada.
Olhei no espelho e me perguntei cadê?
Antes disso, eu já estava acostumada com aquela vida meia morna e irrefletida.
Dei meia volta volver e comecei brincar de soldadinhos de chumbo do meu irmão mais velho.
Nada conteve minhas meias trapaças, parecia que agora meus pés eram o próprio chumbo de tão pesados no caminho da imobilidade.
Percebi que era tempo de ficar quietinha. Meias verdades nada iam adiantar.
Deitei e coloquei meias quentinhas, precisava ouvir meus pensamentos, mas confesso que tinha medo das minhas muitas indecisões.

Muito bom post!! Gostei imenso!
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Fico contente que você gostou🙋🏽♀️
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Muito bom, tuas palavras sempre perfeitas.
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Palavras internas andam sozinhas quando procuramos seu caminho… Abraço Deivid.
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Adorei, Cris!
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Beijo no coração G.
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Confesso que adorei…
Continua.!
Estás “proibida” de parar de escrever.
Um Abraço Literário ☆
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Grata Abel, e digo-lhe continue. Abraços.
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Na procura e no caminho… sempre as palavras!
Muito bom!
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Nos formam…
Gratidão e até mais🙋🏽♀️
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Que lindo!! Ainda estou absorvendo… É um texto para ser lido e relido!!
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Digamos que foi quase uma retrospectiva que eu ainda não absorvi por completo… Abraços Bia.
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