Poesia = arte e necessidade

Tulipas, poesia natural.

O que seria da humanidade sem a poesia? Onde mora a poesia? Para que serve a poesia? Já parou para pensar nessas questões?

Muitos confundem a poesia com os poemas, eles podem andar juntos, mas nem sempre estão de mãos dadas.

O poema é uma arte literária da linguagem que pode conter versos, rimas, métricas ou ser escrito de forma livre. Normalmente é um texto mais curto, profundo e com ritmo.

Há poesia nos poemas, mas, nem sempre em todos.

O que define a poesia?

A poesia é uma arte de interpretativa pessoal, é mais sentida do que explicada. Nela se trabalha a noção de estética, ética e sinestesia, ou seja, mexe com as sensações, sentimentos, reflexões, memórias, conflitos, etc.

A poesia trata tanto da realidade quanto do transcendental.

Todos nós, todos os dias estamos expostos às  poesias que estão nos poemas, nos contos, nas pinturas, na músicas, desenhos, fotografias, esculturas e toda forma de arte.

Quando a poesia vem emoldurada em forma de quadro, livro, mp3, ou qualquer outro produto. Significa que alguém já trabalhou muito para lhe apresentar tais percepções.

Mas, a poesia não vive trancafiada apenas nos museus, galerias, teatros, ela está por aí disponível por todo canto, basta estar com os sentidos atentos e abertos.

Sempre digo para prestarem atenção nos artistas de rua, nos feitos de uma criança, naqueles que você acha doidinho, nos trabalhos manuais, nos introvertidos. Neles há tanta poesia quanto nas obras artísticas mais desejadas da humanidade.

Ou você pensa que o artista já nasceu pronto? Nada disso, houve muito empenho, misturado com vocacão, perseverança, confianca, dor, incompreensão, extâse e muitos outros sentimentos juntos e misturados.

Vide a vida de Fernando Pessoa, Frida Kallo, Van Goug, Sebastião Salgado, Michelangelo, Rodin, Aleijadinho, Tarsila do Amaral, Machado de Assis, Cora Coralina, Leminsk, Rubem Alves, Luiz Gonzaga, Vinicius de Morais, Clarice Linspector, Carlos Drummond Andrade. Ah! tantos outros…

Estar em contato com a arte poética é deparar com o melhor e o pior de nós, é elaborar e se colocar no lugar do outro. Algo sempre muda em quem foi tocado pela poesia.

Alguns dizem que a poesia é complexa para ser entendida, não é objetiva, e nem tem valor utilitário. Será mesmo?

*Você têm fome do quê?

Vejamos, temos os trabalhadores braçais dos quais dependemos todos os dias para construirem nossas casas, fazerem nosso pão, arrumarem nossa bagunça, operam.

Temos os trabalhadores intelectuais, os que calculam, projetam, educam, operam.

E, temos os trabalhadores artísticos, os que passam o tempo procurando combinação, harmonia, beleza para a nossa hora de lazer, relaxamento e divertimento, eles também operam.

Conseguem sentir a sutileza e o valor de cada um?

Essa interdependência é que nos faz obras primas. Somos corpo, mente e sentimentos.

Sabemos que uns são mais bem remunerados do que outros, por diversos fatores sociais e históricos. Hoje estamos numa época de valoração racional, o trabalho braçal como o da dona de casa é desmerecido; o trabalho artístico é visto como um hobby… e assim vamos.

Imaginem um mundo sem arte, sem lápis de cor, sem versos, sem música…

Triste é saber que as pessoas consomem mais fast foods do que alimento para a alma, mais triste ainda que se ocupam com qualquer coisa para não terem tempo para pensarem na vida.

E ela passa, como passam por nós todos os dias o canto dos passarinhos, o desabrochar da flor, o sol que aquecece a pele, as desilusões. Passa a vida e a poesia. Deguste.


  • alusão à música Comida, Titãs.

 


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11 comentários

      1. POESIA: ANALGÉSICO, ANESTÉSICO, ESTIMULANTE
Na dor, poesia é analgésico eficaz
Na saudade, poesia é anestésico poderoso e catártico
Na letargia, poesia é estimulante feroz
Na alegria, poesia é pura magia
Na descrença, poesia é a fé restaurada
Na vida poesia é a droga legalizada
No poeta, poesia, amor, fé e vida se fundem
Se confundem, se materializam, se transmutam
Em letras, versos, poemas, emoções…
Poesia é registro vivo, a prova irrefutável
Daquilo que ainda vive…
Alda M S Santos



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