Fiz um rasgo no chão
De fora a fora
Olhei a cicatriz
Que jamais sairá
Chão não tem queloide
Que sorte/
Bati a cabeça na parede
De propósito
Parede não tem cérebro/
Nem a dureza das construções
Nem a fragilidade corporal
Poderiam me entender
Viver dói/
Presa no tempo e no espaço
Que escreveu
Escreve escrava
Escrevi
De cicatrizes e cérebros
Cavando e cavada
Por poesia.

Coisas inanimadas servem como um refúgio para nossas sensações. Eu gostei do seu grande poema. Muito lindo.
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Abraços e gratidão 🌻
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Ao invés de rasgar ou bater, sugiro derreter no chão ou misturar-se à parede. O que acha?
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Chegará o dia para todos nós, enquanto isso haja metáforas.
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As metáforas antecipam desejos.
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Que linda poesia. Saindo um livro? É isto? Que alegria.
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Oi Geraldo, sairam 2 ebooks, muitos outros na fila, mas criando ânimo pro trabalho de divulgação. 🙋🏽♀️
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