O que é mais importante agora?

O que realmente é importante agora?

Essa pergunta nos nortearia se soubéssemos usá-la na hora certa.

Por aqui está fazendo quase 40 graus, um calor extenuante para um local que fica mais do que meio ano gelado. Dia de tirar os vestidos e as sandálias do fundo do armário e ir cuidar da vida. Foi o que fiz.

Dessa vez fui de antemão no consultório do psquiatra para buscar a receita do antidepressivo, já que vou ficar muitos dias no Brasil.

Levantei, fiz a caminhada matinal na floresta, a aula de alemão online e logo tinha que pegar o trem rumo ao consultório.

Tudo normal até que descola o solado da minha sandália. Olhei aquilo e não acreditei, não sabia se ria ou se chorava, não sabia se ela não aguentou o calor do chão, ou se não gostou de ficar guardada por tanto tempo…

Continuei andando já que o trem não espera ninguém (NEM A VIDA). Aí pensei, vou voltar pra casa e pego a receita depois do horário de almoço, mas tinha marcado um café com uma mãe brasileira que é nova na escola das crianças. Tudo em cima da risca.

Só pensava:

O que é mais importante agora?

O que é mais importante agora?

Quando me dei por conta já estava dentro do trem. Olhei para baixo e adivinha… saiu o outro solado também. Ohhh!

Fui pisando em ovos para a sandália não desmontar de vez. Respirei fundo e deduzi, o que preciso agora é da receita.

Subi as escadas pronta para tudo, fiz cara de paisagem e calma, a secretária mandou eu sentar na sala de espera, não pude nem cruzar as pernas.

Com a receita em mãos voltei para casa, meu filho foi me encontrar na porta da farmácia com outra sandália e continuei a jornada.

O que é mais importante agora, responde um passo de cada vez quando estamos quebrados.

Como disseram minhas amigas brasileiras: não é fácil ser uma madame européia 😂😂😂


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18 comentários

  1. Achei imensa piada ao post porque passei por uma situação algo semelhante há alguns dias atrás. Um ténis muito usado mas muito confortável decidiu descolar a ponta da sola, momentos depois de eu pensar que estava um dia lindo para fazer um longo passeio a pé por Lisboa (o calor não chegou aqui, felizmente!).
    Fiquei atenta ao fenómeno, que nos momentos seguintes se foi agravando drásticamente até a sola ficar metade descolada.
    Sem o carro e longe de casa, táxi estava fora de questão. Então, entre autocarros e troços a pé lá consegui chegar a casa, quase sem sola no ténis, cansada de andar levantando muito a perna, um tanto irritada…e com a memória do belo passeio que não fiz!
    Em casa, ainda consegui rir apesar da frustração. E depois fui fazer uma vistoria a todos os sapatos, para que a situação não se volte a repetir.
    Os imprevistos estão sempre numa esquina da vida!
    Um bom resto de domingo…com menos calor…

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