Calçados

Denunciam

Os pés de chumbo

As muitas leituras

Os filmes inacabados

As músicas inoportunas

As conversas sem noção

O grito que não foi dado

O dito que deveria ser poupado

A corrida perdida

Na pista sem direção/

É um cúmulo

Os acúmulos dos muitos sapatos

Que insistimos em trocar

Mesmo quando os pés

Já pararam de crescer/

Nova estação

Nova estação

Clamam os comerciais/

O chumbo não tem tato

O levantar da perna

Dói, pesa, enferruja

Nesse tumulto

De informação/

O que estará além dos pés?

Zelem os túmulos

De quem abriu rastros

Para seu caminho

Existir/

Foi

Fui.


Tenho a impressão de que já falei para vocês sobre as esculturas de sapatos na margem do Rio Danúbio em Budapeste, na Hungria.

Uma junção de arte e história. Uma homenagem à quem já passou por aqui…

Ainda não conheço esse lugar, está incluído na minha Wunschliste (lista dos desejos), dos sonhos das intenções.

Saiba mais nessa reportagem do Megacurioso:
A triste história por trás de um dos mais incomuns monumentos de Budapeste.

Hoje muitos sapatos pesam, ontem pesavam muito mais. Ainda assim, os sapatos protegem e embelezam os pés. Ainda assim, novos modelos surgem, mesmo quando não sabemos qual escolher. Ainda assim, muitos de nós estamos calçados…


Esta obra está licenciada com uma Licença
Creative Commons Atribuição Não Comercial Compartilha Igual 4.0 Internacional

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