
POE
SIA – Oi você vem sempre aqui?
MA – Claro, meu alimento é o seu belo.
SIA – Lembrei! Você é quem dá forma na miscelânea de palavras.
MA – Isso mesmo. Uno letra por letra para expressar algo sentido. Às vezes tenho métrica, às vezes tenho rima, noutras sou fruto da intuição, também broto aleatoriedades.
SIA – O que mais gosta disso tudo?
MA – Não importa os gostos, desde que se traduza a alma, esse é o meu bel-prazer.
SIA – Agora entendo o porquê você veio, pois, passam os homens e a história e nós somos continuamos aqui feito raiz.
MA – Quanta generosidade! No seu terreno faço parte apenas da linguagem, um ramo de sua folhagem.
SIA– É você quem leva para as mãos o movimento que vem do coração.
MA – Sim, sou fruto da intuição, da solística, da contemplação, da holística, da informação e muito mais.
Meu grito é no papel.
SIA – Todo dia recebo artistas aqui atrás de paisagens para expressar a beleza ou derramar as tristezas.
Sabes que ando por todos os lugares: nas músicas, nas pinturas, nas esculturas, nos artesanatos, na dança, no teatro, na fotografia, nos contos e causos. Ultimamente viajo até nas propagandas e jogos digitais.
Dizem que meu tronco é a sensibilidade, sou forte em provocar emoções.
Sou árvore frondosa para todos que querem descansar: eterna, etérea e impassível.
Todavia, tenho-lhe profunda admiração, eu falo nos ventos, enquanto, você fala dos tempos.Você é meu querido ramo de conexão.
Agora em despedida lhe digo: siga a seiva, pois, ser poeta é buscar recomeços, muito mais do que um dom, é um exercício diário de ressignificAção.
MA – Isso faz todo o sentido. Obrigada por estar comigo. Até mais ver. 🙋🏽♀️
Esse poema é para explicar a diferença entre poema e poesia. Um bate-papo informal entre mãe e filha…
Também tentei dar essa explicação em forma de prosa nesse post Poesia = arte e necessidade. Disse tentei, pois, poesia não cabe em explicações, mas em sensações.
E, aqui você encontrará uma conversa entre a dor e a poesia
Este é o verdadeiro diálogo… poesia e poema… poema e poesia… ressignficações da vida…
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Olhar o belo é um exercício diário, professor.
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Bonita foto. Bem pensado a forma. “Meu grito é no papel”…lindo.
“A poesia não é escrava do verso…está em toda parte” Márcia Vinci, poeta.
Obrigada.
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Haha gostei desse pensamento, traduziu todo esse poema, risos. As fotos que não coloco a marca d’água do blogge são da Pexel, um arquivo de domínio público para esse fim. As que coloco a marca são as que faço por aí. Se você tiver insta passe no meu perfil, faço fotomontagem por lá. Abraços 🙋🏽♀️
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Adorei este encontro da poesia com o poema. Abraços
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Tomara que se encontrem mais e que eu possa ficar escutando o papo. Risos. Bom fim de semana 🙋🏽♀️
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Muito interessante, Cris!
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Bom saber Dulce. Bom domingo🙋🏽♀️
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Poesia é menos sisuda….
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Talvez porque não fique só limitada nas palavras…
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Bull’s eye.
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