
Mãos que avançam além corpo
Mãos que buscam a perfeição mesmo sabendo que está longínqua
Mãos que abrem universo num carinho
Mãos que libertam passarinhos das gaiolas
Mãos que suspiram nos acenos
Mãos
Mãos que transpiram no trabalho
Mãos que se saúdam a eternidade
Mãos que dão alimentos e paz
Mãos cuidadoras
Mãos curadoras
Mãos
Com seus dê e dó a sonhar
Mãos
Fim da extensão do corpo e
Começo que se abre ao Todo
Mãos
Em cada entrelaçar de palmas ou de palmatórias
Lá vai as mãos
Sua história nos traços
A emanar vida
Amor e evolução
À mão


Mãos que entrelaçam e abraçam para unirem-se como corações a pulsar…
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Lindo
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Muito bonito Cris!
No âmbito desta pandemia, estamos numa fase tão objectiva e pouco poética relativamente ás mãos. A toda a hora ouvimos dizer “lavar as mãos…lavar as mãos…lavar as mãos!”
Por isso não resisto a dizer qual foi a minha primeira percepção quando li, de relance, o título deste poema “Lavai as mãos”. E pensei “lavar as mãos?”
Logo o voltei a ler e vi que nada tinha a ver com isso. Deu-me vontade de rir.
A verdade é que estamos totalmente condicionados por determinadas palavras que se repetem a toda a hora nos último mês e meio….
Boa semana Cris e continue a partilhar connosco belos poemas como este!
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Lindo jogo de palavras.
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🌻
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Lá vai o trem com o menino / lá vai a vida a rodar / lá vai ciranda e destino / cidade e noite a girar…
Lá vai o trem sem destino / pro dia novo encontrar / correndo vai pela terra / vai pela serra / vai pelo mar.
Pois é, aí estão o maestro Heitor Villa-Lobos (música) e, tempos depois, o poeta Ferreira Gullar (que um dia seria Prêmio Camões de Literatura), colocou a letra neste patrimônio do Brasil, que é o Trenzinho do Caipira.
Bela postagem esta aí, a sua – para variar.
Um abraço.
DARLAN
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Querido Darlan,
o trem caipira leva-me de volta à minha terra. Que saudade! Obrigada por trazer-me doces memórias.
Até mais ver 🙋🏽♀️
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