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A Arte de Ser Feliz
O mundo da janela de Cecília Meireles, poetisa, professora, pintora e jornalista. Viveu entre 1901 à 1964, no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasil.
Um exponencial da literatura brasileira. Fez do sofrimento de sua vida pessoal, arte e poesia. Assim, ensinou-nos a ver sobre uma perspectiva mais elevadas e amorosa.
Poesia, já nela!
Pequenas felicidades certas
diante de cada janela…
O que você está vendo diante da sua janela?
Você gravou!
Uma vez numa escolinha em Portugal estava um pequeno texto de Cecília Meireles e comentei q era uma escritora brasileira. Pareceu não gostar e duvidou. Respondi que tinha certeza. Não havia a tecnologia como está hj, pois teria mostrado na hora.
N
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Há tanto para se (re)descobrir, Cecília Meireles é um tesouro. Boa semana🙋🏽♀️. Ah, gravei sim.
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Já lhe escrevi sobre minha experiência com Cecília Meirelles e a relação com a denominada loucura?
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Não, me conta, por favor.
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Quando criança pequena em Barbacena, morava menos de dois km de uma Clínica de tratamento mental. Chamavam-na casa de retardados. O nome da Clínica? Cecília Meireles. Então cresci com medo das pessoas, que vez ou outra, fugiam da Clínica e iam parar lá em casa. Eu, meus irmãos menores e minha mãe ficávamos sempre alertas, com medo de algum ‘retardado’ aparecer. O medo se estendeu à Cecília. Aquele nome era assustador. Desta casa carrego meus maiores pesadelos de infância. No meu Blog tem até um poema intitulado ‘ Pesadelos da Infância’ sobre esta época. Aos 10 anos mudamos da casa. Foi um alívio. Já na Vida Religiosa, a partir dos 19 anos, li Cecília, e o medo se dissipou. No entanto, uma dúvida pairava em minha mente. Por que colocaram o nome da Cecília àquela Clínica? Há dois anos fui a Barbacena e resolvi fazer uma visita. A psicóloga que me atendeu contou-me a história.
A Clínica é particular e trata dependentes químicos, alcoólatras, esquizofrênicos, etc. A Fundadora/proprietária era do Rio de Janeiro (já é falecida), os filhos são quem administram atualmente. Mais do que morar no Rio de Janeiro ela gostava de poesia e pelo que contam, conhecia a Cecília, por isso, homenageou-a dando o nome da Clínica.
Esta aí um pouco da história.
Paz e Bem!
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Como gosto de ouvir seus casos, causos, lá vou eu procurar seu poema. Fiquei curiosa pra saber mais. Abraços.
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Está na Categoria Vida Poética. Não coloquei o link aqui, por não saber fazê-lo pelo celular… Rsrsrsrsrs
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A primeira vez que ouvi “OU ISTO OU AQUILO” declamado pela minha professora fundamental, acreditava (na minha cabecinha de criança) que Cecília Meireles era a voz que a professora emprestava para aquela apresentação. A voz doce que mudava de entonação acompanhada de expressões faciais que significava reticências, pontos de exclamações e virgulas. Eu ria sozinho deslumbrado como tivesse descoberto um grande segredo: Cecília é ela hahaha é ela… será que ninguém percebe?! Agora eu vejo que Cecília também é você, minha cara amiga hahaha não percebeu ainda?! Pode começar a investir em podcast?!… poooode uai! Simplesmente adorei. Beijo no coração e que sua semana seja produtiva e feliz! PS: se eu te mandar um texto você grava para mim Cecília Leão… kedizê Cristileine Meireles?! rsrsrsrs
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Uai só, assim a semana já começou feliz. Eu gravo, claro, desde que não seja com a voz de bebê. Rsrs.
Que sorte ouvir poemas de Cecília Meireles na infância! “Eu ria sozinho e deslumbrado”, que boa lembrança. E que sorte que esse espaço atraiu pessoas como você. Obrigada pelo incentivo. Abração.
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Adoro isso. Creio que, nunca, as janelas tenham sido tão cantadas em prosa e verso. Talvez só os pintores as tenham pintado mais. E C. Meireles, bem ela também pinta com palavras.
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Talvez só os pintores as tenham pintado mais… nunca tinha refletido sobre isso. Eis a questão: a vida imita a arte, ou, a arte imita a vida?
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Muito bom!
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Cecília Meireles têm muitas janelas deslumbrantes. Abraços ensolarados, Dulce.
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Vejo aqui diante da minha janela um suposto argumento de infelicidade latente, argumento que eu, assim como um super craque do futebol, tiro de letra, e o jogo para escanteio, sim, diante desta nova janela penso ver você, você e você, tu e tu, nós vós,, eles e elas, todos os Outros mundo afora – diligentes em sua dádiva, os dementes em seu sofrer, vejo crianças e vira latas brincando na outra rua, daqui dá para ver essa dupla, e os risos e os pequenos latidos entram na minha manhã de café e pão de queijo e nenhuma angústia extra. Finalmente, lembro-me do sorriso doce de Cecília, de seus olhos fundos e levemente tensos, lembro-me destas linhas no Romanceiro da Inconfidência:
“Atrás de portas fechadas, / à luz de velas acesas, / brilham fardas e casacas, / junto com batinas pretas. / E há finas mãos pensativas, / entre galões, sedas, rendas, / e há grossas mãos vigorosas, / de unhas fortes, duras veias, / e há mãos de púlpito e altares, / de Evangelhos, cruzes, bênçãos.”
E estoutra maravilha de autoconhecimento, de reflexão solar: “A minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão.”
OBS.: ESCRITO especialmente para a Página POESIA COM DEPRESSÃO, da minha amiga CRISTILEINE LEÃO.
DARLAN M CUNHA
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Quanto aqui das suas palavras para refletir… resumidamente você me dá nós na cabeça, instigantes, que misturados com o silêncio e a solidão, dão a perseverança (pra não dizer teimosia) de continuar para desvendar “a dor e a alegria” de ser o que é. Seus pensamentos me importam, suportam, e, às vezes, me importunam. Risos. Obrigada, Darlan M Cunha.
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Janela para fora, janela para dentro, sempre tentando nova vista…
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Avistando… novas paisagens.
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