Nomear.

Estou tentando dar nome aos bois de velhos e novos sentimentos e pensamentos, cai em prantos  (literariamente falando) quando me deparei com esse poema do chileno Pablo Neruda – Ode à cebola. Então, quis gravar ele para vocês. No final dei umas engasgadas, afinal, cebola tem gosto forte, né? Relevem, fiquem com o essencial de que tudo o que vamos à fundo,  mesmo que uma cebola, encontramos beleza. Bom apetite!

Observação: o texto abaixo é de 2018, quando escrevi sobre a cebola e demais leguminosas, sobre nomear.


Da cebola ao que se embola.

Descobri que corto cebola de um jeito diferente. Explico. Gosto de assistir programas de culinária, como o da Bela Gil, cozinhar é uma ciência que agrega muitos sentidos, ainda mais na comida saudável, pura cor, sabor, energia, aroma.

Sempre me passou desapercebido como esses chefes cortam cebola. Descascam, cortam no meio, colocam a metade na tábua, com uma mão seguram uma parte da cebola, e com a outra usam a faca para fatiar.

A base da faca é apoiada na tábua frente a outra lateral cebola, e com uma leve pressão deslizam sua face cortante até estar completamente rente na tábua e a fatia de cebola é cortada. Fazem isso com facilidade e agilidade, fico admirada.

Agora, com menos detalhes vou descrever como eu corto cebola. Depois de descasca-lá, coloco a inteira na palma da mão, pego a faca com o corte voltado para mim e começo fatia-lá.

Já tentei daquela outra maneira, não funcionou. Deve ser porque há mais de trinta anos corto a cebola assim, aprendi vendo minha mãe. Só fui notar que cortava cebolas de maneira diferente quando outra pessoa me chamou atenção: “cuidado isso é perigoso”.

Claro que nesse tempo todo tive vários cortes, nada tão sério, a não ser uma vez que fui descarcar abóbora para fazer uma sopa.

Coloquei muita pressão, achei que a casca estava dura, a faca entrou naquele vão entre o dedão e o dedo indicador. Gelei, assustei, gritei!

Quando fui mexer no dedão ele veio para o lado, até então não sangrava, vi meus tendões, aí o corte desandou a sangrar.

Liguei para o marido que estava com as crianças noutro canto da cidade, então amarrei uma tala, peguei o carro rumo ao hospital. Não consegui dirigir, ele chegou. Resultado: pontos, curativo e restrição para movimentação.

Nem esse episódio mudou meu jeito de cortar legumes e verduras. Mas depois desse susto procurei por um processador.

Da minha maneira consigo obter fatias na espessura, tamanho e formas que desejo. Cada um tem seu jeito intrínseco de fazer e sentir.

Mas, atenção, esse texto não fala de cebolas e nem abóboras…

Nomei seus próprios vegetais.

15 comentários

  1. Olha, que coincidência! Hoje cortei 2 dedos da mão esquerda cortando em pedaços um caqui. Eu, não sei o pq, resolvi cortá-lo de uma forma diferente e a faca escorregou direto para os meus 2 dedos devido a inclinação que fiz com a faca. Um dedo sangrou bastante e o outro nem havia percebido.
    Eu corto como os chefes. Não tenho paciência de usar o processador q deveria ser o ideal.
    Conheci 2 senhoras q cortavam com a cebola na mão por camadas e ainda nas mãos picava-as. Tentei isso uma vez, mas não deu certo. Hahaha

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  2. Cozinhar é arte poética… Cortar legumes leva tempo… É a primeira coisa que faço na arte culinária… Encho pequenas vasilhas de legumes cortados e picados.. Cebola não falta em meus pratos, bem como alho poró…

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  3. Ora pois… não vim falar de cebola (se bem que acho que cebola é bom para voz) minha querida amiga. Vim falar de locução! “Loucos são” os que arriscam na “locução”?! “De que são” feitas suas cordas vocais para terem tão bela “dicção”?! rsrsrsrs Não entendeu esta loucura toda não?! Ora ora se não está na hora de ter um canal de podcast Cristilaine… sua voz é simplesmente linda, leitura harmoniosa e suave. Está esperando o que? Não dá para comentar todos os posts mas baixei o “Insight Timer” por indicação sua, e imaginei sua voz lá ao ouvi-la aqui! Pode investir nesta carreira, que um fã você já tem garantido ahh se tem. Ou pode também abrir um canal no youtube de histórias infantis (livro eu já sei que você tem). Resumindo… gostei do post ( já estou chorando de tanta cebola kkkkkkkk) Beijo no coração e até o próximo podcast! rsrsrsrs PS: Só para provar que adoro cebola envio um link de uma música que amo, e me acompanha desde que foi lançada https://www.youtube.com/watch?v=DrRVVyrsIEk

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    1. Bom dia Sandro, esse som eu não lembravaa, que engraçado ser o Fagner, ontem me veio à mente a voz da Rosana, todos da mesma época. Por falar nisso, feliz por essa nossa época em que podemos interagir. Você deu ideias ótimas, valeu! Podcast já tenho na Anchor, mas tudo o que tem lá tem aqui; canal no YouTube também, mas desatualizado, publico mais aqui e Instagram. Vou ver, gostei do incentivo. Abraços.

      “Tão perto das lendas,
      Tão longe do fim
      A fim de dividir
      No fundo do prazer
      O amor e o poder”

      pronto agora fica na tua cabeça um ano rsrsrs

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  4. Ora pois… não vim falar de cebola (se bem que acho que cebola é bom para voz) minha querida amiga. Vim falar de locução! “Loucos são” os que arriscam na “locução”?! “De que são” feitas suas cordas vocais para terem tão bela “dicção”?! rsrsrsrs Não entendeu esta loucura toda não?! Ora ora se não está na hora de ter um canal de podcast Cristilaine… sua voz é simplesmente linda, leitura harmoniosa e suave. Está esperando o que? Não dá para comentar todos os posts mas baixei o “Insight Timer” por indicação sua, e imaginei sua voz lá ao ouvi-la aqui! Pode investir nesta carreira, que um fã você já tem garantido ahh se tem. Ou pode também abrir um canal no youtube de histórias infantis (livro eu já sei que você tem). Resumindo… gostei do post ( já estou chorando de tanta cebola kkkkkkkk) Beijo no coração e até o próximo podcast! rsrsrsrs PS: Só para provar que adoro cebola envio uma música que amo, e me acompanha desde que foi lançada (Cebola cortada – Raimundo Fagner) Acho que não aceita link no comentário

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