A torre de papel

[2/8 22:48] Cristileine Leão: Td o q eu queria era uma torre de papel higiênico pra eu derrubar e me debulhar de rir.
[2/8 22:48] Cristileine Leão: Mas a gente complica a vida…

[2/8 22:50] A. Leao: é muito bom quando vemos a vida colorida ainda pois quando passamos a ver a vida em preto e branco as coisas vão perdendo graça.

[2/8 22:51] Cristileine Leão: Preto e branco é depressão, colorida é criança, no nosso caso o mínimo que podemos fazer é procurar por furta-cor.


A torre de papel higiênico foi uma das invenções dos meus sobrinhos, onde um montava e o outro derrubava, os dois se “viviam” de rir, e tudo recomeçava.


É um hábito afetivo da minha irmã enviar vídeos para eu acompanhar o desenvolvimento deles aqui do outro lado do oceano.


Como eu disse na mensagem me debulhei de rir, quanto tempo eu não usava esse verbo, todo verbo é ação, então, fui procurar o significado:

Conclui que de grão em grão (através das novas gerações), vamos debulhando tudo o que nos endureceu e nos distância da essência de ser livre, simples e puro. Todos ainda temos a torre de ser criança, que ainda que seja destruída pode ser remontada infinitas vezes. Ainda bem que minha debulhAção foi de rir. Há momentos que valem para a eternidade!

Daí minha irmã tocou no assunto da vida em preto e branco, sem cor, sem graça, sem (…), sem (…), sem (…), complete o vão.

Logo lembrei de furta-cor, e lá fui procurar o significado:

Sem dúvida a vida sem presença* nos leva ao caminho da depressão, como sempre saliento, a depressão não é o excesso de tristeza, a tristeza é só um de seus sintomas; a depressão é a desconexão com a vida, com tudo o que nos vivifica.

Viemos coloridos de fábrica, mas, passamos por muitas alterações de luzes, com o tempo (e muita dedicação à evolução) vamos desenvolvendo a capacidade de mudar de tom, como a furta-cor. Uns usam isso para o benefício próprio, outros ao bem uns dos outros.


Seja lá como for, a torre é de papel, no caso dessa história, a torre é de papel higiênico, o produto mais desejado no auge da pandemia.


Somos crianças, somos instintos, somos seres vivos em busca do que já temos e desperdiçamos: vida.


Sobre a presença*, deixo um vídeo reflexão que fiz no Instagram na semana passada. Eu estava verdadeiramente nervosa, risos, tenho mais familiaridade com a escrita. Ainda desse tema há outro vídeo poema por lá. Boa noite e boa diversão para vocês 🙋🏽‍♀️

10 comentários

  1. Oi Cris. Gostando dos seus vídeos e de te ver. São curtos, mas profundos. no meu último post sobre crônicas de Clarice Lispector, ela cita Thoreau que fala exatamente o que indagas no vídeo.
    Vi um filme que faz refletir sobre os nossos “fantasmas” que nos leva ao passado, quando a vida está no agora.
    Abraço.

    Curtido por 1 pessoa

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