Brinca a criança de
“O invisível sou eu”.
Não imaginava a graça e a dor de um simples pedaço de pano.
Que bandeira a flamular!
Terra à vista!
Hoje tenho dezoito anos, mas, as marcas da guerra civil me envelheceram. Não sou triste, mas inconformada com cada pedaço que isso tira da gente.
Hoje não tenho teto e nem chão debaixo de meus pés. Só vejo a imensidão de um azul turquesa que nos balança para lá e para cá. Entre as costeiras e o fundo do mar.
Tenho medo, mas, papai me falou que esse bote seria nossa salvação.
Confio que ao refúgio sou guiada
Sou refugiada
E você briga de quê?
Texto de livre pensamentos de anos e anos atrás que pesquei na solidão dos dias relendo diários.