Sem máscara

Meu primeiro dia sem máscara foi estranho, sai sentido que algo estava faltando, rosto descoberto, orelhas soltas, batom na boca.

Subi as escadas me sentindo nua, parecia que estava cometendo um delito quando eu via a figura da máscara obrigatória ainda pendurada na parede.

Sentei na carteira depois de uma breve caminhada da estação de trem até na escola de alemão. Finalmente podia ver os rostos completos dos parceiros de classe. Sorrisos.

A respiração já não estava tão ofegante. O kit: máscaras, álcool gel e lenços de papel continua na mochila.

Depois de mais de dois anos de pandemia, uma trégua, é bom andar sem máscaras!

Relaxar? Nem tanto, a guerra continua na montanha russa e nos crânios descobertos.


De acompanhamento esse som bem bom, um “forrózim” para dançar e comemorar o fim do uso obrigatório de máscaras na Alemanha. Música: Deus me proteja – composição de Chico César.

🎶Perigo é se encontrar perdido
Deixar sem ter sido
Não olhar, não ver
Bom mesmo é ter sexto sentido
Sair distraído, espalhar bem-querer🎶

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