Sentir o sentido da vida

Há preços, apreços e preciosidades. No meio a nossa busca por propósitos: beleza, amor, bondade, poder ou liberdade. Todos esses valores e muitos outros podemos experenciar, mas só um deles é o que nos move e magnetiza. Aquele que nos dá energia vital!

Qual é o seu valor? Qual é o seu pavor?

A harmonia encontra sintonia quando estamos sincronizados ao que nos dá sentido, com o que nos traz a alegria genuína mesmo diante das vicissitudes.

Nos últimos tempos vejo-me cada vez mais ligada à beleza, da beleza que se vê além dos olhos, daquela estética, ética e poética. Poética e noética! Quando assumi isso, resolvi me dedicar cada vez mais a esse chamado da alma, e parar de depreciar a sensibilidade e a empatia que tanto me impulsionam.

Através da condução desse GPS invisível nasceu esse blogue “Depressão com Poesia” onde coloco muito das vibrações do meu coração. Outras não dão para por aqui, ficam no diário, quem sabe virarão livros. Afinal, todos nossos intuitos se materializam de uma maneira ou de outra.

Por falar em diários, você faz o seu? É libertador pôr nossas agonias no papel. Depois de trinta anos voltei com esse hábito, nunca é tarde. Dessa vez um pouco diferente porque compartilho com pessoas confidentes, e já não temo que a mãe pegue a chave e abra o cadeado. Risos. Essa partilha é uma maneira de extravassar e receber conselhos de quem te ama; de compartilhar e vivenciar os bons e maus momentos juntos. Fica a dica, especialmente para quem como eu é imigrante. Hoje a tecnologia mais do que reduzir as distâncias pode reduzir os distanciamentos.

Agora meu terapeuta tem me incentivado à escrever sobre o que houve de mais positivo em cada setênio da vida, ou seja do que foi belo, também achei essa idéia uma boa, é como se fosse uma fotografia das memórias positivas em forma de escrita. Ele explicou que nossa tendência mental é guardar os traumas e preservá-los ainda que seja no inconsciente. Rememorando os fatos bons, vamos percebendo que a vida não é nem isso, nem aquilo, mas a junção de tudo que nos faz ser quem somos, que nos dá ânimo para evoluir.

Já que o tempo passa invariavelmente, quer estejamos alinhados com nossos propósitos ou deixando as circunstâncias nos moldar. No caderno de lembranças afetivas ficarão as memórias, as histórias e as impressões que nenhum retrato poderia nos mostrar. Se quiser saber mais desse tema é só procurar por escrita terapêutica, escrita intuitiva ou escrita livre.

Talvez eu aceite mais esse desafio, mas por hora estou focada na beleza que me cerca no dia a dia, tanto através da poesia, quanto no pôr do sol, na primavera, nas cores e sabores dos alimentos, no banho de ervas, no sorriso das crianças que brincam ali no parquinho e nesse passarinho que acaba de pousar aqui ao lado da rede. Que sacada!

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