
A vítima defende o agressor
Põe-lhe no pedestal
Para não ver a realidade
Que se colocou
Para se salvar
Da perversidade psicológica
E da desvalia recebida
Em doses homeopáticas
A alienação traz comodidades
E comorbidades
No corpo
Na alma
E nas futuras gerações
O agressor se faz de vítima
Para se livrar da co-responsabilidade
E culpar quem lhe defendeu
Até da própria crueldade encoberta
O agressor oculto
Abusa silenciosamente
Usa documentos e fragilidades
Boa vontade e amizade
Saúde e familiares
De quem lhe predispõe
À seguir
O agressor precisa da vítima
Para crer e ser
A vítima precisa do agressor
Para crescer
Espelhos refletem
No amor e no amargor
Como o sol que
Brilha para todos
Insistentemente
Nem agressor
Nem vítima
São santos ou condenados
Nem consciência boa
Nem consciência má
O que há
São seres em evolução
Interconectados
Um em função do outro
Para despertar
O Supremo em si
Dizer sim a vida
Que vale ser vivida
Assim iluminar a todos
Que olharem sua estrela
Em livre cadência
Na constelação
Da Terra.

Essa música é de um dos artistas mais renomados do Brasil – Cazuza – faleceu aos 32 anos no auge da carreira. Foi cantor, compositor, poeta, era filho único. A mulher que fala no início desse vídeo é Lucinha Araújo, a mãe da estrela Cazuza.
A poesia têm como base as relações humanas, os transtornos de personalidades, a constelação sistêmica e demais temas que venho pesquisando no momento.
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Curioso: sempre que ouço Cazuza ou leio sobre ele me pergunto: como ele conseguiu ao mesmo tempo estar para além de seu tempo e morrer como se tivesse vivendo no final do séc. XIX? Paradoxos humanos!
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Paradoxos…
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