
– Tia você está me imitando, né?
– Claro.
– Mas a tua é transparente e eu sou toda colorida.
Fiquei pensando a última vez que fui toda colorida, não falo só das unhas, mas também do olhar, do cabelo e do ziriguidum.
Ando mais natural e para me adequar às demandas aderi as postiças.
Se me sinto bonita?
Sim, e até com mais vontade de crescer, como toda criança. Dessa vez não de tamanho… Há muitas maioridades que não se provam com documentos.
Agora vivo mais de lembranças e reflito sorrisos, poses, caras e bocas. Sou espelho. Sou você.
Antes eu imitava meus pais, hoje imito os ninos, nesse mito familiar que escrevemos todos os dias.
Vida fábula fabulosa feita à mão!