Fazendo arte

Quem aqui quando criança já apertou campainhas e saiu correndo?

Eu já, e para o meu azar o dono da casa estava virando a esquina no momento e perguntou o que eu desejava.

Lembranças de infância… outra memória era da minha mãe colhendo mudas de flores por onde quer que ela passava.

Eu não peguei essa mania, mas peguei o costume de tirar fotos de flores, especialmente as flores do mato, as rústicas, aquelas que não são para o corte e nem para a venda.

Aliás, no meu ebook ” Flores cantam Poesias”, publicado na Amazon, tem o poema – Bolinhas – com as fotos dessas delicadezas que encontro por todo lado.

Hoje não foi diferente, enquanto eu caminhava na rua gelada do outono alemão, vi um arbusto que me hipnotizou com suas bolinhas lilás. Tinha mais ou menos uns dois metros e estava completamente colorido.

Não resisti e peguei o celular, daí pensei:  poxa vida está dentro do jardim de uma casa, se eu começar tirar fotos aqui, vão achar que estou tirando do imóvel. Por aqui levam a sério o assunto de privacidade. O que eu faço?

Me encostei na grade e comecei tirar fotos de ângulos fechados, por mais que eu quisesse tirar do arbusto todo.

De repente, o proprietário da casa abre a porta e se direciona ao portão. Fiquei mais vermelha do que a blusa que eu vestia.

Falei: por favor me desculpa, eu tirei algumas fotos, não resisti a tamanha beleza.

Ele me respondeu: fique à vontade, não fui eu quem fiz, foi Deus!

Você já foi pego fazendo uma arte?

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O lilás é a cor da transcendência. O círculo significa a junção de tudo. Como nós que estamos todos dentro de uma bola azul: homens, natureza, beleza e poesia.