Raiz primordial

Despenteado foi pelo vento

O cabelo do arbusto na montanha

Enquanto isso

Muitos passavam para ver o mar

E as falésias

Sem olhar para o topo

O céu azul fotografava tudo

Até os passarinhos que comiam minhocas

A terra quente

Aquela gente

Com suas mochilas de sonhos e saudades

Amanhã o tronco poderá ter caído

Mas o que temos é o agora

Bom passeio

Belo verão

Verdadeiro devaneio

São nossos conceitos

Desalinhados

Da Raiz Primordial

Que nutre a paisagem

Pé a pé

De pessoas, árvores ou nações

Conste_lares


E aí, está disposto a se render aos devaneios? Aonde eles podem te levar?

O devaneio (fantasia, utopia, sonho) faz parte de um dos Estados de Consciência que segundo Pierre Weil (1989) são: vigília, sonho, sono profundo, devaneio, despertar e consciência cósmica.

No estado de devaneio estamos em ondas alfas, ou seja, relaxados. Assim, nossas ideias estão desconexas o que nos incentiva criar seja obras literárias, artísticas ou científicas. Estamos no momento presente, fazemos associações livres de julgamentos ou racionalizações.***

Todos nós passamos por isso, por exemplo, antes de dormir, nos cochilos, diante de algo belo que nos move. Há pessoas com a alma poética que se entregam mais facilmente aos devaneios como os artistas, os loucos, os videntes, os profetas.

Leia um trecho do meu artigo sobre Poesia e Transcendência para compreender mais:


***

SALDANHA, Vera. Psicologia transpessoal: abordagem integrativa um
conhecimento emergente em psicologia da consciência. Ijuí: Unijui, 2008. 174 p.

4 comentários

  1. A última palavra ficou presa nas cordas / vocais, mas se vai lentamente consumindo / no desafogo de seu próprio sentido.” Gilberto Mendonça Teles, prêmio Machado de Assis, da ABL.
    *
    “Nestes grãos colhidos ontem / o indício de que vingaram, sadios.” (DMC)

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