
Não, não estou calma, minha mente está inquieta voando longe, se atordoando nas mais variadas informações desde culinária, física quântica, até bulas de remédios. Tudo eu devoro, nada assimilo. Parei o curso por causa de falta de cognição e fobia social. Vou voltar, sou insistente, preciso forças para entender o que se passa dentro e fora de mim e do mundo.
Sim, meu corpo está fraco, tenho perdido peso, cabelo e paciência para cuidados pessoais. Espelho virou cabideiro. Obrigo meu corpo a se movimentar quando queria estar no cantinho do nada.
Abrir a porta da rua é pular num abismo. Manter o corpo ereto na caminhada é um sacrifício. Acordar e pensar: o que estou fazendo aqui? Ir dormir e acreditar que é a melhor parte do seu dia é dormir… Horrível, horrendo.
Tento pensar coisas boas, percebo que estou me enganando. Quero fugir e não vejo lugar de paz. Mais uma dor muscular me chama pro real e diz que eu existo. Luto para não parecer pessimista mas meus olhos não mentem mais. Em mim só dormem as olheiras.
Escuto “pare com isso assim vai ficar doente de verdade”, como se há muito não estivesse, como se escolhesse ser assim; e o que é a verdade? Quem em sã consciência optaria por sentir isso tudo?
Sei que o que falo é muito pesado, não quero despertar tua piedade, já tenho bastantes conflitos à resolver, mas quero dizer à tua consciência cuidado para não ficar doente como a minha.
Depressão é uma doença, fique tranquilo que não é contagiosa, fique atento aos sinais, não cale sua voz interior, e observe as pessoas que você ama.
São dias perdidos de bem querer e conviver que não voltam mais. Depressão tem tratamento. Estou me cuidando. Obrigada. Por horas sou metade uva, metade caveira. Espero em breve dar constantes sorrisos de sincero e puro humor.
Também espero, Cris. Eu acho que a imagem apresenta um contraste muito interessante. “Por hora sou metade uva e metade caveira”. É o seu momento, é a sua vida. Ninguém pode chegar e falar o que é melhor. Afinal, nem eu nem você escolheu isso. Te desejo mais uvas que caveiras. Estou aqui. Um abç
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A caveira nos ensina que por dentro somos todos iguais, irmãos e irmãs da mesma espécie em uma mesma jornada. Nada é, pois tudo está e a única coisa que ficará é o legado daquilo que plantamos e colhemos, nossa missão divina. E da uva extraímos o vinho, branco, tinto ou rosé, que nos deleita e cura as dores da alma, trocando nossas lentes oculares para que vejamos além da visão, com mais sabedoria e compaixão para com tudo e com todos, e a nós mesmos incluídos nesta aventura humana na Terra.
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Falou motoca.
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