Solidão dá as cartas

Vendo o princípio de minhas mãos enrrugando, enquanto seguro o leitor de livros sobre minhas pernas, deitada na rede, contemplando o céu azul e a explosão de cores da primavera. Refletindo na solidão que tanto apavora os homens modernos. Por que ela me parece tão afável?

23 de dezembro de 1903, Roma.

Começo a me sentir jovem outra vez, na pele do senhor Kappus:

Cartas a um jovem poeta, Rainer Maria Rilke

Suportar a solidão do não entendimento como uma criança que endeuza seus pais sem saber que eles estão na defensiva ou no desprezo para não se sentir só… Bah! como diria no Sul. Que arretado! como diria no Nordeste.

Sigo na escola de poetas, o professor da vez foi o austríaco Rainer Maria Rilke (1875 – 1926), nascido em Praga é um dos autores mais reconhecidos da língua alemã. Vim conhecê-lo aqui através das leituras de constelação familiar de Bert Hellinger quem foi um grande fã de Rilke. No Brasil, a poetisa Cecília Meireles também traduziu algumas poesias de Rilke.

Eu conheço pouco de poesia literária, minha base educacional foi precária, mas conheço bastante de solidão, talvez por isso ela não seja um bicho papão pra mim. E os ares da pequena cidade que me fui criada, junto com os cantos de raiz que ouvia de meus pais, minha vó benzedeira; o suor, o sabor e as cores que vi naquela terra, tudo isso transcreveram minha formação. Gratidão.

“Cartas a um jovem poeta”, é um pequeno livro feito de cartas trocadas, entre 1902 até 1908, por Rilke e um jovem chamado Fran Kappus que queria ser poeta e pede conselhos ao então famoso escritor Rilke.

Quem quer ser poeta hoje em dia?

Para quem não quer também indico a leitura, fala de temas como o sentido da vida, amor, solidão, sexo, entre outros.

Gostou? Leia o livro na íntegra, esse arquivo abaixo em pdf está  disponibilizado gratuitamente na internet pela Digital Source: rainer-maria-rilke-cartas-a-um-jovem-poeta

 

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