Nuvens

Às vezes sonhamos em tocar nas nuvens, elas mais parecem bolinhas de algodão amontoadas no céu.

Escalamos – mirando as nuvens – até o topo das montanhas, quando chegamos lá, até conseguimos tocá-las: esparsas, voláteis, fugazes. Mas, o que vemos mesmo são apenas neblinas.

Às vezes me surpreendo com o poder da chuva. Como pode cair em gotas?

Como doses!

Mesmo nas tempestades, a chuva tem forma, começo e fim.

Como as dores.

Fico pensando que é difícil para nós humanos controlar qualquer esguicho desregulado.

Quem aqui nunca xingou diante de uma torneira com alta pressão que espirra água para todos os lados?

Nas nuvens ficam guardados os segredos dos sonhos e as águas, e muitos outros regalos para quem ousa tocar no invisível.

Nu vem
Nu vai
Como gotas.

10 comentários

  1. Gostei. Admiro sua forma de desmembrar palavras e obter significados com os significantes desmembrados. G. Rosa também brincou assim e recriou a língua com suas ”brincadeiras” linguísticas.

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    1. Fico pensando nas palavras, suas junções, funções e até nos erros de comunicação. Acho que as palavras são infinitas e nos dão mais possibilidades do que podemos imaginar… Abraços fraternos, Odonir. Cá vamos para mais uma semana 🙋🏽‍♀️

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    1. Uma amiga me apresentou a meditação assim: faça seus pensamentos serem iguais as nuvens que vem e vão. Deixe fluir, não se apegue aos seus pensamentos, reconheça, aceite e deixe passar… Isso me ajudou tanto, Dulce. Que as nuvens têm um “sabor” especial pra mim.

      Bom fim de semana ☁️🌤🌨🌬

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