Janela

Entre os dentes mora um sorriso diferente
aquele de criança se despedindo da primeira infância

Estou banguela, olhem minha janela

Mal se lembra da dor da dentição
porque acredita na Fada dos Dentes

Ah! Tão contente essa garota!
Língua na gengiva a identificar os novos espaços que se abriram

O que se passará nessa janela?

Que o sorriso seja estendido
e que o fluxo perdido
seja um ritual de libertação
antes que as ataduras nasçam

Só ria
Sorria
Ah! Lara, lara, laralá

Quando estiver de dentadura
a sua tia será fada
lembre da parlenda que ela cantava

Janela, janelinha
Porta e campainha

Dim dom.

Eu adorava brincar com meus filhos quando pequenos com essa parlenda, agora é a vez dos sobrinhos, assim vamos…

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13 comentários

  1. Quando a inocência se perde, as crianças deixam de ser crianças e então sentimos falta daqueles sorrisos e também percebemos que os anos também passam para nós sem que percebamos. gostei do seu poema. Toda fofura.

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      1. Sim poeta Carvoeiro é porque fiz carvão na infância no Norte de Minas, Matuto do Guaicuí recebi este pseudônimo do amigo Estavan Matiazzi, pois nasci perto do distrito do Barra do Guaicuí, perto de Pirapora Minas gerais.. beijos querida . Um fraternal abraço do poeta Carvoeiro, Matuto do Guaicuí.

        Curtido por 1 pessoa

  2. Não há de ser nada: a natureza logo fechará esta janela, mas os vidros translúcidos a deixarão a continuar a ver o mundo.
    *
    Fui buscar um café, e ao voltar, de longe, notei que a página Uaíma estava cheia de luz.. Grato pela visita.
    .
    Darlan

    Curtido por 1 pessoa

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