
Ainda que se ande pelo vale
Das sobras e da sorte
Se não tiver palavra
De nada valereis
Relógio n’agua
Relógios derretem no tempo
Não há temporal que o vento
Deixe de soprar
Com sua vórtex incrível
Faz o invisível se materializar
Promessas afundadas
O sereno já passou
Já cansou de serenar
Na serenata
Sem ouvintes.
Na voz sem fundamento

Poema 2 em 1, ou, será 1 em 2?
O primeiro verso é referente ao Salmos 23:4 e de Coríntios 13:1-2
“Ainda que ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, pois Tu estás comigo”.
“Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor… nada serei.”
Uma beleza de visão perante a Vida. Bateu forte. De fato, muito bom texto – melhor digo – uma leveza que pesa, sim, é preciso que eu contraponha estas duas antíteses aqui, porque o poema é muito bom.
Um abraço.
Darlan
CurtirCurtido por 2 pessoas
Vindo de um mestre das letras é elogio. Obrigada. 🙋🏽♀️
CurtirCurtir
bah
CurtirCurtido por 1 pessoa
Esse ‘bah’ muito me agrada!
CurtirCurtir