O rio acena

Anteontem assisti de novo o filme “O Curioso Caso de Benjamin Button”, dessa vez com áudio e legenda em alemão, estou em treinamento. Mais do que nunca compreedi as cenas cinematográficas, risos, enquanto meus ouvidos estão à se moldarem com a realidade.

Muitos de nós nascemos velhos, navegamos na contramão do tempo, temos amores platônicos, começamos e terminamos a vida sendo embalados no colo de alguém.

O relógio não anda para trás, pelo menos enquanto estamos morando dentro de um corpo. Num segundo mora a eternidade, trocamos de pele, de células, de pensamentos, de planos e de planetas a todo momento.

Quando eu fui Benjamin, eu queria brincar com as crianças, mas eu não podia, as rugas e a cadeira de rodas nos afastavam. Hoje sou Cristileine e sei brincar um pouco mais, mas, as rusgas me marcaram, então, choro. O choro é o transbordamento da alma que limpa mundos. As gotas são acolhidas pela Terra, como os minutos. Será que Benjamim visitou Berlim?

Amanhã, ah o amanhã! nem o tic-tac sabe, pois, a vida vai nos tacando de um canto para o outro, enquanto isso, vamos ticando experiências e aprendendo à despertar.

O corpo, a casa, o status atual, são só sinais do que conseguimos contemplar do infinito. Desapegue. O real templo mora num lugar onde só a alma consegue alcançar com os sonhos.

Na noite passada eu dormi bem, sonhei com minha vó me ajudando atravessar um rio. Não sei se eu fui para lá, ou se ela esteve aqui. Então, rio porque a vida está afluir.

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