
A morte e o sexo são dois dos principais tabus sociais. Em um as pessoas nem gostam de pensar, o outro é lidado, na maioria das vezes, apenas como instinto.
A morte é inevitável, faz parte do cenário da vida. Como diria o poeta Bertolt Brecht:
“Temam menos a morte e mais a vida insuficiente”.
Somos culturalmente educados a ocultar, não falar, pouco refletir na função do sexo, que vai muito além do que a reprodução e o prazer.
O sexo é um magnetismo humano, bem mais que a junção de dois corpos, é o encontro e a entrega de duas almas. Há o sexo imprudente e o consciente. Nenhum é melhor do que o outro, o que lhes diferem são as marcas que deixam.
A morte e o sexo são duas forças renovadoras, ninguém fica o mesmo depois de sua passagem, carregam o ápice da energia de vida. Nascemos, morremos, nascemos.
Nascemos da união sexual, os hormônios e a necessidade relacional humana nos impulsionam a buscar pares, assim a vida continua. Assim aprendemos mais sobre o que é amar e ser amado.
Nesse processo tão natural e vindo de eras, e eras, e eras, já era a hora desses temas serem tratados com mais leveza dentro dos lares, nos bares, nas escolas… Só que não.
Essa discrepância entre o que é vital e o que é reprimido deixa o ser humano e a sociedade doentes. Pois, cria a separatividade e a competição entre o masculino e o feminino, nos deixando cada vez mais distantes do ser integral.
Hoje há tanta pressa e pressão pela eficiência que estamos cada vez mais desconectados da nossa essência.

Enfim, há muito o que se falar sobre tabus, mas vou deixar essa reflexão para vocês, afinal tudo começa dentro de nós e depois reflete no externo com nossas atitudes.
É carnaval, tempo de expor tabus e mazelas, um período em que as pessoas desfilam com suas máscaras e fantasias sem pudores. Podemos ver de tudo: o bloco das frangas, os Pierrot e as Colombinas, a morte, os monstros, os demônios, os super heróis, as princesas, e por aí vai na festa da carne.
Já para quem é, ou melhor está, no bloco da relia com a folia como eu, vou deixar algumas dicas Netflix e YouTube sobre os temas.
Na Netflix
- Um Ninho para Dois – a dor e superação de um casal após a morte do filho.
- Se Algo Acontecer… Te amo – mesmo tema que o de cima, 12 minutos
- Goop Muito Além do Prazer – casais debatem suas diferenças sexuais (maior 16).
- Fundamentos do Prazer – sobre o corpo da mulher (maior 16).
- Beyond men and masculinity – sobre a masculinidade. Também há “O Silêncio dos Homens” que já escrevi aqui
- Machos Alfa – estou vendo agora, rindo bastante.

Suas dicas de filmes sempre vão para minhas aulas. A vida da morte vai para aulas sobre a Morte como sentido da vida.
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Fico feliz por contribuir. Esse é um daqueles vídeos que a cada vez que se vê apresenta um sentido. Abraços 🙋🏽♀️
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Bom, no que diz respeito à “Velha Senhora” [Manuel Bandeira assim chamava a Morte], deito-me com ela todos os dias, a velhota me pega, e aí dou cambalhotas de todo jeito – de pavor e sátira. Quanto ao tal de sexo, vou me abster, nessa tua Casa de grande gabarito, de dizer mais asnices. Quanto à imagem que ilustra essa tua postagem, Jung gostaria dela, Freud também não se veria frustrado ou diminuído em tê-la como capa de “A interpretação dos sonhos”.
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Aquele abraço.
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Darlan, Darlan, sua opinião sempre acrescenta. Essa do Bandeira eu não sabia. Estou numa fase bem junguiana, isso reflete nos textos. Espero que esteja bem. Fique em paz hoje e sempre 🙋🏽♀️
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Muito bom!
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Gratidão 🌼
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